Sabia que existe uma relação importante entre a saúde intestinal e a da pele? Já reparou que sua pele ficou diferente do normal, talvez mais acneica ou oleosa, depois de ingerir muitos açúcares ou gorduras? Pois é, isso mostra a relação entre esses dois órgãos.
Na realidade, essa ligação é muito mais profunda e tem a ver com a forma como o trato digestivo funciona. Um estudo publicado no BWS Journal, em março de 2020, mostrou que há relação entre a microbiota intestinal (colônia de microrganismos importantes para o funcionamento do intestino) e a saúde da pele.
Isso acontece porque a nossa alimentação, além das questões emocionais, como ansiedade e estresse, pode alterar a atividade das bactérias em nosso intestino, afetando a saúde da pele. Por isso, preparamos o conteúdo a seguir sobre como a saúde do intestino ajuda a manter a pele mais bonita e saudável. Confira!
Como o intestino funciona?
Antes de falar sobre como melhorar a saúde do intestino, é preciso entender como ele atua. Esse é um órgão essencial na produção de substâncias reguladoras do metabolismo e do sistema imunológico. Inclusive, é nele que os nutrientes dos alimentos são absorvidos.
Porém, para tudo isso funcionar, a microbiota precisa estar em condições normais. Ela é o conjunto de microrganismos que vivem no intestino: bactérias, fungos, vírus e protozoários; cerca de 60% das células do nosso organismo. Em uma pessoa saudável, existem, em média, mais de mil espécies no intestino. Muita coisa, não é?
Esses microrganismos são indispensáveis para nossa saúde, pois realizam a nutrição, extraindo substâncias essenciais dos alimentos, e o metabolismo energético. Além disso, a microbiota é fundamental para a prevenção de câncer de cólon, bactérias patogênicas e alergias, e a regulação do sistema imunológico.
Agora, você sabe a relação entre saúde intestinal e imunidade. Com ela, esse funcionamento saudável também garante a saúde da nossa pele, como veremos a seguir. Vamos juntas?
Qual é a relação entre saúde intestinal e saúde da pele?
Se a microbiota saudável é tão relevante para a nossa saúde, o que acontece quando ela não está no estado normal? Quando há o aumento excessivo de bactérias em nosso intestino, ocorre a chamada disbiose.
Isso prejudica as barreiras do intestino, dificultando a absorção de nutrientes como o zinco. Esse é um mineral importante para a atividade imunológica e a formação de células da pele.
Com a imunidade reduzida, ficamos mais propensas a inflamações e dermatites. Aliás, a saúde intestinal comprometida favorece o desenvolvimento de obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e câncer. Por isso, saúde intestinal e nutrição devem se aliar para uma pele saudável e um organismo em pleno funcionamento.
“Precisamos estar sempre atentos a nossa rotina para que possamos ter um intestino saudável. É fundamental a ingestão de água com frequência, assim como alimentos ricos em fibras solúveis e insolúveis. Além disso, o cigarro, o álcool e o café em excesso podem prejudicar a saúde e o bom funcionamento do orgão”, explica a nutricionista Lais Coelho (CRN 41763).
Como melhorar a saúde do intestino?
Estar atenta à saúde do intestino é a chave para qualidade de vida no geral. Então, alguns maus hábitos devem ser deixados de lado, assim como novas práticas devem ser inseridas na rotina. Vamos ver algumas delas?
Invista em prebióticos e probióticos
Você conhece a ligação entre saúde intestinal, probióticos e prebióticos? Os primeiros são um grupo de bactérias e fungos vivos que beneficiam o intestino quando consumidos, enquanto os prebióticos são alimentos ricos em fibras que alimentam as bactérias intestinais, ajudando a regular a microbiota.
Entre os alimentos probióticos, temos o iogurte, kombucha (bebida feita com a fermentação do açúcar do chá preto) e outros produtos fermentados. Já para incluir prebióticos na dieta, opte por batata-doce, brócolis, espinafre, couve, lentilha, soja, abacate, cereais, entre outros alimentos para a saúde do intestino.
“Muito se fala a respeito das fibras quando falamos de saúde intestinal, pois elas possuem o poder de regular o trânsito intestinal. As fibras insolúveis, encontradas em alimentos como cereais integrais, cenouras, legumes escuros, aumentam o trânsito intestinal, sendo indicado maior consumo para pessoas que possuem constipação”, considera Lais.
“Por outro lado, as fibras solúveis, encontradas na aveia e grãos em geral, diminuem o trânsito intestinal, auxiliando pessoas que sofrem com ‘intestino solto’”, sinaliza.
Por falar em fibras, o consumo adequado de fibras na dieta pode reduzir o risco de desenvolvimento de algumas doenças, como, por exemplo, doença arterial coronariana (DAC), acidente vascular cerebral (AVC), hipertensão, diabetes, entre outras.
Além disso, o aumento na ingestão de fibras reduz os níveis de pressão arterial, ajuda a controlar o nível de glicemia em pessoas com diabetes, auxilia na redução do peso e ainda atua na melhora do sistema imunológico.
Beba bastante água
Para transportar os nutrientes para todo o corpo, lubrificar a parede intestinal e auxiliar na formação das fezes, é importante manter-se hidratada. Por isso, procure ingerir 1,5 litro de água por dia, pelo menos.
Continue Belíssima de dentro para fora
Além dessas dicas, para manter a saúde intestinal em dia, outros hábitos saudáveis podem ser bons aliados, como fazer exercícios físicos, ter uma alimentação equilibrada e dormir bem. Tudo isso ajuda a manter a beleza e a saúde da sua cútis de dentro para fora.
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Fonte consultada:
Bernaud, Fernanda Sarmento Rolla e Rodrigues, Ticiana C.Fibra alimentar: ingestão adequada e efeitos sobre a saúde do metabolismo. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia [online]. 2013, v. 57, n. 6 [Acessado 15 Junho 2021] , pp. 397-405. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0004-27302013000600001>. Epub 09 Set 2013. ISSN 1677-9487. https://doi.org/10.1590/S0004-27302013000600001.
CALATAYUD, Paola Andrea et al. O papel do intestino nas doenças dermatológicas: Revisão de literatura. BWS Journal, 19 mar. 2020. Disponível em: https://bwsjournal.emnuvens.com.br/bwsj/article/view/56. Acesso em: 18 maio 2021.