Quem busca uma dieta mais saudável, rica em nutrientes, provavelmente já ouviu falar da dieta mediterrânea. Essa é uma alimentação baseada em frutas, vegetais, peixes, leguminosas, cereais e azeite, e ficou conhecida por ser aliada à longevidade.
Ela recebe esse nome por ser bastante popular nos países banhados pelo Mar Mediterrâneo, como Portugal, Espanha, Grécia, Turquia e sul da Itália. Caso você não saiba o que é dieta mediterrânea, fique tranquila!
Preparamos um conteúdo para tirar suas dúvidas sobre esse tipo de alimentação e como ela funciona. Confira!
O que é dieta mediterrânea e como funciona
Essa dieta foi descoberta há cerca de 50 anos e tem ganhado cada vez mais popularidade ao redor do mundo. Ao perceberem que a população dos países situados na bacia do Mar Mediterrâneo vivia por mais tempo e tinha baixa incidência de doenças vasculares, os cientistas decidiram estudar as causas.
Após muitas pesquisas, constataram que o motivo por trás de mais longevidade e saúde era a alimentação desses povos. O médico norte-americano Ancel Keys foi um dos principais difusores da dieta ao publicar um livro sobre o assunto.
Mas, afinal, como funciona a dieta mediterrânea? Esse estilo de alimentação é baseado na comida fresca e natural, muitas vezes plantada e colhida pelos próprios consumidores ou comprada por fornecedores locais, respeitando a sazonalidade dos alimentos.
A mesa pode ser composta por peixes, frutas, legumes, oleaginosas, grãos, cereais e azeite. Queijos e derivados são consumidos com parcimônia, enquanto os vinhos também podem fazer parte da dieta — é claro, sem exageros.
Quais são os benefícios dessa dieta?
Com a constatação de que pessoas que viviam nos países banhados pelo Mar Mediterrâneo viviam mais e melhor, é de se pensar que a dieta mediterrânea tem benefícios diversos, certo? Sim, ela é uma dieta segura para o nosso organismo, oferecendo diversas vantagens para quem busca um estilo de vida mais saudável.
Diversos estudos mostram que esse estilo de vida e alimentação possui um efeito benéfico na prevenção de doenças cardiovasculares, diabetes do tipo 2, obesidade, depressão, câncer de mama e de intestino, além de ajudar a reduzir o nível de colesterol ruim.
Tudo isso graças aos nutrientes encontrados no cardápio mediterrâneo. Frutas e legumes, por exemplo, são ricas em vitaminas, fibras e minerais importantes para diversas funções do organismo. Além disso, cereais e grãos integrais ajudam a promover a saciedade, auxiliando no combate à obesidade. Eles possuem, ainda, baixo índice glicêmico, promovendo o controle da glicemia.
Para somar, o ômega 3 e 6, encontrados em peixes e no azeite de oliva, atuam como anti-inflamatórios no organismo, auxiliando na prevenção de diversas doenças cardiovasculares e na redução dos níveis do colesterol no sangue e da pressão sanguínea. Já o vinho, que possui substâncias fenólicas, atua no combate aos radicais livres, reduzindo o estresse oxidativo e retardando o envelhecimento da pele e das células.
A dieta mediterrânea emagrece?
Com tantos efeitos positivos para a saúde, é natural pensar que a dieta mediterrânea emagrece. Afinal, estamos falando de um estilo de vida mais saudável que pode, indiretamente, dar um “empurrãozinho” no processo de emagrecimento.
Porém, é muito importante ressaltar que, apesar de algumas pessoas adotarem a dieta mediterrânea para emagrecer e ela ter efeitos positivos contra a obesidade, esse não é o objetivo principal dessa alimentação. Embora tenha diversos benefícios para a saúde, comer grande quantidade dos alimentos permitidos nessa dieta sem a prática de exercícios pode, sim, resultar no aumento de peso.
Por isso, se o seu objetivo é emagrecer, o primeiro passo é se consultar com um nutricionista e ver se a dieta mediterrânea é a melhor estratégia para você. Também é essencial combinar a alimentação com a prática de exercícios para chegar ao déficit calórico (menor consumo de calorias do que é gasto).
É possível manter essa dieta no Brasil?
Essa é uma dúvida que muitos brasileiros têm. Isso porque os alimentos básicos dessa dieta são, muitas vezes, difíceis de encontrar em abundância no Brasil ou muito caros.
Mas fique tranquila: caso tenha se interessado, é possível fazer uma espécie de “dieta mediterrânea brasileira”, substituindo alguns alimentos por opções mais fáceis de serem encontradas no nosso país.
Entre os cereais, por exemplo, o nosso arroz é uma ótima alternativa, principalmente a versão integral, que é rica em fibras. Cuscuz também é uma boa opção. Entre as verduras e legumes, vale ficar de olho na sazonalidade, em que é possível encontrar uma maior variedade de acordo com a época do ano.
Para consumir mais peixes, você pode optar por alternativas mais baratas e, ainda assim, muito saudáveis, como a sardinha, o atum e a tilápia. Para temperar, aposte no azeite de oliva e em especiarias como alho, cebola e ervas.
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